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venerdì 22 gennaio 2010

FELICIDADE CLANDESTINA – CLARICE LISPECTOR ( EDITORA ROCCO) . Intervento di Adriana Maria Leaci

O pequeno livro de contos que encontramos nas mãos è como um diário de recordações. Algo que devemos guardar para matar as saudades e reviver as emoções de um tempo. Não seria estranho que pessoas de qualquer sexo ou idade, ainda hoje, se achem dentro dessas páginas, porque Clarice consegue sentir o que os outros sentem. Um retrato múltiplo de várias épocas da sua vida que seguem com muita semelhança o mesmo curso que seguiram outras vidas, numa período em que a mulher brasileira ainda “servia”, e ser uma grande observadora do “íntimo” dos seres humanos não era competência para qualquer um. Este volume não é um dos mais conhecidos de Lispector mas, é, sem dúvida alguma, uma das suas obras mais intensas. Seguindo um roteiro autobiográfico e inspirando-se em conceitos simples de pura metafísica, se identifica com um estilo de total ruptura com qualquer linha de escritura da sua geração. Mas falar de geração não tem sentido. Clarice Lispector possuiu a chave de todos os tempos, escrevendo como se fosse um oráculo de sentimentos, que pode ser consultado pelos leitores de todas as gerações.

Felicidade Clandestina nasce primeiro como um conto para o Jornal do Brasil, ao que seguiram outros mas, quando a mesma Clarice percebe que estão para acorrentá-la num gênero literário, se desprende do compromisso do jornal e escreve outros contos, reunindo 25 entre contos e crônicas num mesmo volume em 1971. A autora desprezava os rótulos que pudessem escravizá-la no tempo. Se sentia livre e só a liberdade lhe daria a inspiração ideal para produzir o que nos presenteia com este livro. Cada vez que foi entrevistada rejeitou conceitos que a definissem, que a colocassem numa posição fixa da literatura brasileira. Clarice Lispector sobrevive a todos os desconcertos, a despeito de quem não acreditava que um mito intelectual pudesse ser sinônimo de mulher. Sua morte prematura devido a um mal incurável não a destacou da terra vivente, pois a sua energia ainda contagia, ainda emociona e conquista os apaixonados pela leitura, que conseguem apreciar tudo o que não é banalidade vendido nas livrarias.

FELICIDADE CLANDESTINA – CLARICE LISPECTOR. EDITORA ROCCO – RIO DE JANEIRO - 1998
LITERATURA BRASILEIRA – CONTOS E CRÔNICAS

2 commenti:

  1. Clarice Lispector é uma escritora fantástica, que nos transporta a um mundo cheio de possibilidades. A sua escrita percorre caminhos cheios de mistério e encanto, uma verdadeira epifania.
    Complimenti, Stefano! Sei bravissimo per aprire questo spazio a un grande nome della nostra letteratura!!!

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  2. Grazie a te Jaque.Diffondi il verbo
    Un abbraccio

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