Organizado e introduzido com muito intuito, valorizando textos não mais tratados, o jornalista e escritor Joaquim Ferreira dos Santos revela uma obra única no seu estilo, dentro de um único volume que doa ao leitor a parte, considerada por alguns, “menor” da literatura: a crônica. Óbviamente isso não quer dizer, de forma alguma, que o conteúdo seja “menor”. Muito pelo contrário, pois os 62 autores são todos conhecidos expoentes da literatura brasileira. E’ justo evidenciar a forma em que as crônicas foram colocadas dentro desse livro e a escolha de seguir uma sequência cronológica, que não é só uma questão formal. A casualidade teria desviado o pensamento dos autores clássicos brasileiros, impedindo ao leitor comum a compreensão do percurso que teve a escritura brasileira. Por tal motivo, e justamente, a leitura inicia em 1850, quando Machado de Assis propõe um diálogo com o leitor através da crônica, nova fórmula emprestada do francês. Daí nasce uma um gênero que gerou interesse nos leitores da época e se traduziu, muitos anos mais tarde, na instituição da Academia Brasileira de Letras, pelo mesmo Machado de Assis. Ele foi o precursor daquela que se chamaria unidade literária brasileira, desejada pelos jovens para permitir a sobrevivência da cultura territorial a todos os eventos politicos e, sempre no exemplo daquela francesa, a favor da essencialidade das letras. Depois a obra continua, passando de período em período, dando ênfase aos anos 50, década chamada de “ouro”, pois produziu craques brasileiros de literatura, traduzidos no mundo inteiro. E como diz o mesmo Joaquim Ferreira dos Santos, o verdadeiro prazer da leitura dessa obra passa através do “gosto”, visto que é possível saborear todas as gerações, como se fossem iguarias, até o evento da internet dos anos 2000, reconhecendo em cada uma delas o talento de contar histórias sobre o ser humano, permanecendo sempre atuais, apesar dos anos, sem virar uma saga. O trabalho de selecionar as cem melhores crônicas não deve ter sido nada fácil, considerando que muitas outras de igual valor não foram incluídas nessa seleção mas, o resultado é entusiasmante! Principalmente para quem mora no exterior (como eu) e acaba esquecendo os tesouros da própria terra. Crônica recomendada: todas! A minha preferida: Antigamente, de Carlos Drummond de Andrade. Genial!
AS CEM MELHORES CRÔNICAS BRASILEIRAS, AUTORES VÁRIOS – EDITORA OBJETIVA
360 PÁGINAS
LITERATURA BRASILEIRA – CONTOS E CRÔNICAS
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