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domenica 20 dicembre 2009

Anarquistas, graças a Deus - Zélia Gattai. Editora: Companhia das Letras Literatura Nacional.Di Adriana Maria Leaci

Ser a mulher de Jorge Amado era já algo de muito especial mas, Zélia Gattai, carregava dentro de si muitas histórias fascinantes que inspiravam alguma coisa a mais. Foi o mesmo Amado que lhe sugeriu um dia, visto que Zélia gostava de contar as aventuras de toda a sua família com tanta paixão, reunindo parentes e amigos que ficavam escutando as suas recordações com interesse e muita atenção, de tentar passar no papel e transmitir por escrito, enfim que ela sentasse e escrevesse. E foi o que ela fez. Começou com rascunhos que era certa não tivessem nenhum valor. Zélia Gattai se sentou e contou toda a sua vida e nao só, começando pela imigração dos pais, italianos, imigrantes de regiões diferentes: Toscana e Vêneto. Cada um com a sua concepção de vida, amorosos e respeitosos recíprocamente. Pessoas que se uniram e fundaram uma família dentro de valores que se somaram a todos os imigrantes, e acabaram por construir os valores de grande parte da população de São Paulo. A descrição dos fatos é construida em base às próprias recordações, pulando de um parente ao outro, passando pelos avós, depois contando dos vizinhos de casa, dos colaboradores da família, da empregada que trabalhava para a mãe, dos tios, dos funerais e dos nascimentos, sem uma ordem temporal mas, com uma sequência sem par de bons sentimentos. Surge assim, de maneira instintiva, uma escritora de memórias que surpreende pela naturalidade, pela observação dos detalhes e pela habilidade na utilização de termos que escorrem livres, como um grande caminho de contos. Zélia leva três anos para elaborar essa sua primeira obra, publicada pela primeira vez em 1979, sem privar seu núcleo familiar do próprio cotidiano, escrevendo nos momentos de pausa, sem a pretensão de fazer literatura, como diz o mesmo Jorge Amado na introdução. Mas o que emociona, atrai e faz grudar os olhos do leitor é o jeito familiar de escrever que se transforma, sim, em pura literatura popular, que alcança todas as gerações, que não engana as expectativas. Zélia tem o poder de entrar na alma do leitor e foi assim, provavelmente, que ela entrou também na Academia Brasileira de Letras, ocupando a mesma cadeira que pertenceu ao marido, conquistando os grandes acadêmicos da literatura simplesmente através da sua graça comunicativa. Anarquistas graças a Deus, já foi reeditado mais de 30 vêzes. Atualmente foi efitado pela editora Companhia das Letras e continua sendo lido por inteiras gerações. E’ um livro que, pessoalmente, não desejava que acabasse. Um livro que me ajudou e me inspirou, e assim pode acontecer com o próximo leitor.

Anarquistas, graças a Deus - Zélia Gattai. Editora: Companhia das Letras Literatura Nacional / Biografias e Memórias

1 commento:

  1. Il romanzo autobiografico della Zelia è una meraviglia, vivo, appassionante. Ma una traduzione in italiano esiste?

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