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sabato 14 novembre 2009

Manuscritos de Felipa – Adélia Prado (Editora Record). Di Adriana Maria Leaci

Adélia Prado é uma escritora brasileira que se dedicou sempre à poesia. Professora de profissão, formada em filosofia, suas obras foram admiradas pelos maiores autores brasileiros, entre eles o grande Carlos Drummond de Andrade, de origem mineira como ela. Seu talento é interpretar o sentimento da mulher, sob todos os pontos de vista. Durante toda a sua vida foi se descobrindo em facetas poéticas múltiplas que desenharam um percurso mais único que raro, passando da poesia ao romance, até à gravação de um cd recitado por ela mesma e, não por último, estreiou na literatura infantil em 2006, descobrindo-se uma grande interlocutora para todas as idades.
De grande sensibilidade, neste livro, escrito em 1999, escreve sobre os sentimentos da mulher que vive sob o domínio masculino, num ambiente patriarcal, repleto de deveres, extremamente servil. Nesta espécie de diário o tempo nao existe. Os diálogos são compostos na sua lembrança e escorrem como o seu pensamento, de uma palavra à outra sem consequencialidade senão o que ela sente. O que é pecado nao poder ser sentido e é criticado. O que Felipa sente é espresso sempre no respeito do que lhe foi ensinado desde pequena. E a sua pequenice volta com frequência. O que se adverte é o ambiente, é uma religiosidade que se divide entre o que é permitido na religião católica e o que seria o desejo da protagonista. O tempo aparece so quando Felipa conta as horas e recorda as pessoas que a rodeiam. O tempo é o sinal do fim de uma vida que ela conheceu, de uma vida que ela cuidou e com quem cresceu. O tempo a faz lembrar dos seus deveres. O dever é marcado pela disciplina do dia a dia, e enquanto “produz” as tarefas do cotidiano, sonha em voz alta, continua pensando no que faria se não tivesse medo e nao fosse pecado. O medo que a impede de falar, de se rebelar, de andar contra tudo e contra todos os que ela suporta malamente. O medo que felipa tem de sair do seu ninho, e de ir ver o mundo que existe lá fora. Felipa sabe que seria completamente diferente, que ela seria outra pessoa, que poderia mudar e talvez ser até feliz, como sonha desde menina. No seu sonho ela não mudaria, só seria aceitada. Quantas vêzes Felipa teria se rebelado e falado em voz alta mas, é o hábito de viver dessa maneira que a impede. E’ um jeito de viver do qual não se pode fugir, porque só a palavra fuga dá medo. E Felipa conta também de quem fugiu e ela nunca soube no que deu. E’ assim que o leitor descobre que o papel principal de “Manuscritos de Felipa” cabe à psicologia do medo. Nele estao centrados todos os problemas dessa mulher e do ambiente onde ela vive. Suas palavras, que escorrem livremente durante a leitura, nunca sairão da sua boca. Ficarão presas no seu pensamento até que Deus a leve embora.

Manuscritos de Felipa – Adélia Prado (Editora Record)
Literatura Brasileira - Romance

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